O actual presidente do executivo municipal (de maioria PSD/CDS), em entrevista à
Lusa, disse também que exclui qualquer hipótese de concorrer a outro município e
anunciou que abandona, por agora, a proposta de reduzir o número de freguesias
do concelho de seis para quatro.
“Ainda não abandonei a ideia, mas foi
muito mal aceite até dentro do meu próprio partido. Não é uma questão essencial,
apesar de eu considerar que era importante para Cascais. Se houver
obrigatoriedade pela lei de reduzir freguesias, far-se-á. Para já, fica sem
efeito”, disse Carreiras. Carlos Carreiras tinha manifestado em Setembro a
intenção de concretizar aquela redução no âmbito da reforma administrativa. A
proposta previa que Carcavelos e Parede passassem a ser geridas por uma só junta
de freguesia, tal como Cascais e Estoril, mantendo-se as juntas de Alcabideche e
São Domingos de Rana.
Ainda sobre a candidatura, garantiu que “para ficar
na política executiva só se for autárquica e em Cascais”. E acrescentou: “Não
tenho nenhuma aspiração nem interesse em ir para a política nacional e não
aceitarei ir para outra autarquia que não seja Cascais”.
Sobre a
possibilidade de vir a candidatar-se em Lisboa, concelho onde nasceu, onde foi
líder distrital do PSD e onde teve um papel activo na reorganização
administrativa da cidade, Carlos Carreiras afirmou que não se considera como uma
mais-valia para gerir a capital. “É muito difícil hoje em Cascais haver alguém
com o conhecimento e preparação que eu tenho e reconheço que em Lisboa poderia
não ser essa mais-valia. Embora tenha nascido em Lisboa, Cascais é o meu
concelho e enquanto a minha vontade for aceite e corroborada pela população, eu
serei presidente da Câmara de Cascais”, sustentou.
Contacto permanente
com António Capucho
Carlos Carreiras, que era vice-presidente do
município, assumiu funções de presidente há quase um ano por via da suspensão de
mandato de António Capucho, admitindo que a saída imprevista do antecessor foi
uma “oportunidade” para se dar a conhecer mais à população.
“O facto de
ter assumido a presidência não acrescenta muito, mas permite obviamente dar-me a
conhecer um pouco mais e perspectivar as pessoas sobre a minha forma de
trabalhar e de funcionar e nesse sentido foi uma vantagem, mas se não tivesse
chegado agora a presidente concorreria na mesma em 2013 e penso que as coisas
correriam bem”, afirmou. O contacto com António Capucho é regular e a
necessidade de pedir conselhos é permanente, até porque, disse Carreiras, “não
existem super heróis”.
“Tenho a preocupação de me aconselhar com ele
[António Capucho] e com muita gente e tenho vindo a ler muito sobre o concelho,
além de que quero reforçar mais a democracia participativa nas decisões do
município”, concluiu. A este nível, apontou, o orçamento participativo e a
discussão do Plano Director Municipal são os dois momentos que mais apelam à
participação da população e que terão grande destaque no próximo ano.
Para 2012, a câmara definiu como prioridades autárquicas um reforço na
área social, investimentos na rede escolar e a melhoria da rede viária do
concelho para acabar com as assimetrias. Os pedidos de apoio social têm
aumentado - quer os que são feitos pelas instituições, quer a nível individual -
e, por isso, “as pessoas são a maior prioridade”.
Além disso, há que
completar investimentos do parque escolar. Carlos Carreiras propôs ao Governo
aquilo que chama de “parceria público-pública”, para a autarquia assumir o
encargo de construir escolas que são da responsabilidade do Estado mas
importantes para o concelho. Também os acessos foram definidos como prioridade,
já que “Cascais não se pode desenvolver se mantiver a rede viária que existe”,
considerou Carreiras. O orçamento municipal para 2012, já aprovado em reunião de
câmara e assembleia municipal, é de 170,5 milhões de euros, o mais baixo da
última década
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