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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BOAS NOTÍCIAS!

Prestações para empréstimos das casas vão manter-se ou até descer

por Agência Lusa, Publicado em 09 de Setembro de 2011   
As prestações dos empréstimos para habitação indexados às Euribor não deverão continuar a tendência de subida verificada nos últimos meses, e até poderão cair, devido à expectativa de manutenção das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE).

"Nos próximos meses, os portugueses vão deixar de ver as suas prestações a aumentar, pelo contrário, vão voltar a ver a diminuir", disse à agência Lusa o economista da IMF - Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia.

O economista frisou que a manutenção da taxa de juro de referência nos 1,5 por cento decidida quinta-feira pelo BCE mostra "claramente que o ciclo de subida das taxas vai ficar interrompido nos próximos meses".

Já a economista do BPI, Teresa Gil Pinheiro, considera que as taxas Euribor "devem ficar nos níveis atuais, sem grandes variações".

Mas, segundo o economista da IMF, o impacto da decisão do BCE sobre as Euribor já se começou a sentir, afirmando que as mesmas já não estão nos máximos, mas sim em queda ligeira.

"Olhando para as Euribor a seis meses, verificamos que em julho passaram os 1,80 por cento e já estão agora nos 1,70 por cento. O mais normal é que possam vir a recuar um pouco mais. Para já, enquanto houver esta perspetiva de manutenção de taxas, ainda há espaço para descer um pouco mais, mas não muito mais", disse Filipe Garcia.

O responsável realçou ainda que "o mercado de futuros está a descontar que pode haver uma descida da taxa de juros no final do ano", sublinhando contudo não ser essa a sua perspetiva.
"As Euribor a três meses em dezembro está a ser estimada pelo mercado em 1,1 por cento e a de março em 1 por cento", exemplificou.

Teresa Gil Pinheiro explicou que "face aos últimos acontecimentos tudo apontava para a manutenção da taxa de juro do BCE e a haver uma subida não seria em setembro mas em outubro".

A economista frisou que, apesar de os indicadores macroeconómicos recentemente divulgados terem ajudado à decisão do BCE, o fator "incerteza" é o que pesa mais, devido à perturbação que a economia da zona euro tem sentido por causa da crise da dívida soberana.
Filipe Garcia justifica a manutenção da taxa de juro de referência pelo BCE com a perspetiva de moderação da inflação em 2012, para valores abaixo dos 2 por cento, refletindo um menor dinamismo económico.

"As taxas vão ficar inalteradas durante algum tempo", disse.

Teresa Gil Pinheiro revelou à Lusa que a expetativa do BPI é que o "BCE mantenha a taxa de referência até ao final do ano e provavelmente durante boa parte do próximo ano, numa lógica de taxas baixas até meados de 2013"
.http://www.ionline.pt/conteudo/148602-prestacoes-emprestimos-das-casas-vao-manter-se-ou-ate-descer-

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