Vela
America's Cup. Na vela a fórmula é a dois
por Inês Melo, Publicado em 08 de Agosto de 2011
É comum haver comparações entre vela e F1, sobretudo pela velocidade. O director Andy Hindley explica-nos as diferenças
O vento bate nas velas. A energia é transmitida para o casco. O barco desloca- -se. O princípio físico da navegação à vela parece óbvio, Andy Hindley não discorda. Ainda assim, o director de operações da America''s Cup não esconde o sorriso quando aponta através da janela para os barcos a ondular na Marina de Cascais: "Com estes é um bocadinho mais complicado." O i falou com um dos principais responsáveis pela 34ª edição da America''s Cup e percebeu que, afinal, isto não é como na Fórmula 1.
"Esta edição e a última não podiam ser mais distintas", lança Andy assim que o gravador cai na mesa. "É tudo diferente, até o conceito. A passagem dos monocascos para os multicascos, as velas... Não há comparação. Só os materiais é que são semelhantes." Andy Hindley esteve envolvido desde o primeiro minuto na mudança de formato da mais antiga competição desportiva do mundo e não hesita quando lhe perguntamos sobre o futuro da modalidade. "Primeiro, é preciso explicar que foi o vencedor da última edição, o Oracle Racing, quem determinou como seria a próxima prova. Neste caso, a equipa decidiu desenvolver dois planos em paralelo - um para os monocascos, outro para os multicascos -, e foi aberta a discussão sobre o formato. Tiveram que considerar os aspectos positivos e os negativos, mas não tenho dúvidas de que tomaram a decisão certa. Estamos a falar da nova era da vela."
Construídos com tecnologia aeroespacial adaptada à vela, os novos AC 45, catamarãs oficiais da America''s Cup World Series, conseguem navegar a uma velocidade três vezes superior à do vento. "O processo é muito rigoroso", explica Andy. "O projecto é desenvolvido por partes, que depois são reunidas no produto final. Quase como se estivéssemos a construir uma nave espacial. Este método de trabalho é usado tanto na NASA como nos carros de ralis." E na Fórmula 1, arrisca o i.
"Bem, é verdade que estas embarcações são constantemente associadas à F1, pela velocidade que podem atingir, mas no diz que respeito ao projecto final não é um bom exemplo. Pelo menos não para as World Series, onde os barcos são todos iguais." Riscamos a modalidade rainha da velocidade sobre quatro rodas da lista de comparações. Mas então, o que é pode fazer a diferença na pista de Cascais? "Dois aspectos muito importantes", replica Andy. "Primeiro, as ''soft-sails'' na parte da frente do barco, que podem ser alteradas pelas equipas. E depois, claro, os velejadores. A parte tecnológica é muito importante, mas o que vai fazer a diferença é a perícia do homem."
As primeiras regatas da America''s Cup World Series já deixaram a promessa de provas muito tácticas. O vento fraco e o nevoeiro foram os grandes impostores na inauguração do novo formato, que atribuiu os primeiros pontos à equipa da Nova Zelândia.
"Esta edição e a última não podiam ser mais distintas", lança Andy assim que o gravador cai na mesa. "É tudo diferente, até o conceito. A passagem dos monocascos para os multicascos, as velas... Não há comparação. Só os materiais é que são semelhantes." Andy Hindley esteve envolvido desde o primeiro minuto na mudança de formato da mais antiga competição desportiva do mundo e não hesita quando lhe perguntamos sobre o futuro da modalidade. "Primeiro, é preciso explicar que foi o vencedor da última edição, o Oracle Racing, quem determinou como seria a próxima prova. Neste caso, a equipa decidiu desenvolver dois planos em paralelo - um para os monocascos, outro para os multicascos -, e foi aberta a discussão sobre o formato. Tiveram que considerar os aspectos positivos e os negativos, mas não tenho dúvidas de que tomaram a decisão certa. Estamos a falar da nova era da vela."
Construídos com tecnologia aeroespacial adaptada à vela, os novos AC 45, catamarãs oficiais da America''s Cup World Series, conseguem navegar a uma velocidade três vezes superior à do vento. "O processo é muito rigoroso", explica Andy. "O projecto é desenvolvido por partes, que depois são reunidas no produto final. Quase como se estivéssemos a construir uma nave espacial. Este método de trabalho é usado tanto na NASA como nos carros de ralis." E na Fórmula 1, arrisca o i.
"Bem, é verdade que estas embarcações são constantemente associadas à F1, pela velocidade que podem atingir, mas no diz que respeito ao projecto final não é um bom exemplo. Pelo menos não para as World Series, onde os barcos são todos iguais." Riscamos a modalidade rainha da velocidade sobre quatro rodas da lista de comparações. Mas então, o que é pode fazer a diferença na pista de Cascais? "Dois aspectos muito importantes", replica Andy. "Primeiro, as ''soft-sails'' na parte da frente do barco, que podem ser alteradas pelas equipas. E depois, claro, os velejadores. A parte tecnológica é muito importante, mas o que vai fazer a diferença é a perícia do homem."
As primeiras regatas da America''s Cup World Series já deixaram a promessa de provas muito tácticas. O vento fraco e o nevoeiro foram os grandes impostores na inauguração do novo formato, que atribuiu os primeiros pontos à equipa da Nova Zelândia.
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