Gelados que tratam o Rei de Espanha por tu
por Rui Pedro Antunes08
Dezembro 2011
Juan Carlos, nos tempos em que viveu no
Estoril, era fã dos gelados 'Santini'. A marca, nascida no Estoril e mediatizada
em Cascais, já dá cartas na Baixa lisboeta.
"Juanito." Era desta forma que Attilio Santini tratava o actual Rei de
Espanha, cliente habitual da casa de gelados do Tamariz enquanto esteve
"exilado" no Estoril. Durante anos, não raras vezes o italiano Santini sentou-se
à conversa com os amigos Margarida (infanta) e Juan Carlos, grandes apreciadores
do que muitos consideram "o melhor gelado do mundo". Hoje, é Eduardo Santini -
neto do fundador da marca - quem assume a responsabilidade de manter a qualidade
do produto. "Sou eu que faço os gelados todos os dias e o segredo é precisamente
fazer tudo de forma tradicional. Tudo como o meu avô me ensinou", explica o
também administrador dos gelados Santini.
Durante os últimos sessenta anos, tem-se tornado um hábito para quem mora em Lisboa e arredores ir comprar gelados Santini à loja de Cascais. A esta junta-se ainda a do Tamariz e, mais recentemente, a do Chiado. No Verão, todas têm filas intermináveis.
Curioso é que embora tenha aberto uma loja na Baixa de Lisboa - que já é a que tem mais vendas anualmente - há lisboetas que continuam a manter o ritual de ir a Cascais buscar os gelados em bolsas térmicas, respeitando um ritual domingueiro.
"Temos noção de que não somos uma marca tão forte como os pastéis de Belém, mas aparecemos em alguns guias e somos conhecidos além-fronteiras", explica Martim Botton, outro dos administradores da marca. O negócio dos gelados Santini tem crescido, mas os seus responsáveis não querem dar "um passo maior do que a perna". Martim Botton explica que não pretende "massificar a marca", embora admita "abrir, no futuro, lojas noutros pontos do País".
Quanto à actual conjuntura, Eduardo Santini comenta: "Felizmente, temos passado ao lado da crise, porque as pessoas abdicam de almoçar e jantar fora, mas não deixam de vir comer o seu gelado e beber o seu cafezinho." Os administradores dos gelados Santini - que falaram com o DN um dia antes da aprovação do aumento do IVA para 23% na restauração - alertavam para o efeito negativo deste aumento. "Não pedimos ajuda, apenas que não nos desajudem", dizem em uníssono Martim Botton e Eduardo Santini.
Durante os últimos sessenta anos, tem-se tornado um hábito para quem mora em Lisboa e arredores ir comprar gelados Santini à loja de Cascais. A esta junta-se ainda a do Tamariz e, mais recentemente, a do Chiado. No Verão, todas têm filas intermináveis.
Curioso é que embora tenha aberto uma loja na Baixa de Lisboa - que já é a que tem mais vendas anualmente - há lisboetas que continuam a manter o ritual de ir a Cascais buscar os gelados em bolsas térmicas, respeitando um ritual domingueiro.
"Temos noção de que não somos uma marca tão forte como os pastéis de Belém, mas aparecemos em alguns guias e somos conhecidos além-fronteiras", explica Martim Botton, outro dos administradores da marca. O negócio dos gelados Santini tem crescido, mas os seus responsáveis não querem dar "um passo maior do que a perna". Martim Botton explica que não pretende "massificar a marca", embora admita "abrir, no futuro, lojas noutros pontos do País".
Quanto à actual conjuntura, Eduardo Santini comenta: "Felizmente, temos passado ao lado da crise, porque as pessoas abdicam de almoçar e jantar fora, mas não deixam de vir comer o seu gelado e beber o seu cafezinho." Os administradores dos gelados Santini - que falaram com o DN um dia antes da aprovação do aumento do IVA para 23% na restauração - alertavam para o efeito negativo deste aumento. "Não pedimos ajuda, apenas que não nos desajudem", dizem em uníssono Martim Botton e Eduardo Santini.
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