Alsace et Bastille

Alsace & Bastille - Conseil en Stratégie. Paris, Estoril
-Consultancy in Real Estate, Celebrity aviation, railway business, Consultancy in Export Strategy; E-mail: vitorpissarro.alsacebastille@Yahoo.fr or to Twitter adress Vitor Pissarro @VitorPissarro

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Halloween in Cascais

The Halloween came to stay. The kids are having fun, and this saturday, they already started  with the parties in Cascais. Yesterday I was carving  a pumpkin and at night all the family started to have the Halloween spirit.
Tonight, the kids are going to ask for candies at the doors, inside the condominium. In Portugal it isn't usual to have the kids at night in the streets, asking for candies. In Portugal this is also a party for kids until 12 years old ( not like in the States).
Well, Have fun and scarry a lot of people.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

What are you planning to do this weekend? Come on and let's do some jogging at Paredão.

One thing that I love in Cascais is the Paredão, between S. João do Estoril and Cascais. I enjoy go jogging there. You do some exercise, breathe fresh air, enjoy the view and enjoy the beatiful cenary of people having fun doing whatever it pleases them,  out in the open.
This weekend the sun will show up and I would like to go jogging at Paredão. Who else wants to join me?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Crisis? What crisis? Cascais will buy the old hospital of Cascais and a military facility in Parede

The Mayor of Cascais said today at the radio Antena 1 that the city of Cascais will invest some millions of euros, buying the old building of the hospital and a military facility in Parede. It will be installed a Nest for new companies, promoting the intrepreneurship. This project is coordinated by DNA Cascais. Is it a good idea? or it's just a way to have more public debt.

Why don't we try a new restaurant?

A vila de Cascais vai receber, entre 3 e 13 de Novembro, a primeira edição do "Restaurant Week". A iniciativa, que associa 34 estabelecimentos do concelho, permite comer uma refeição em casas "conceituadas" por um valor mais acessível e, ao mesmo tempo, contribuir para causas sociais.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quer ganhar uma obra original de Paula Rego?

 
No âmbito da comemoração do seu 2º aniversário, a Casa das Histórias Paula Rego programou dois dias “Em Festa”, com atividades para todos os públicos durante o fim de semana de 17 e 18 de setembro, que cativaram o interesse de quase 1300 participantes. Mas a festa não ficou por aqui.


Ainda em setembro, a Casa lançou um concurso que inclui como aliciante 1º prémio uma litografia original da pintora Paula Rego, assinada pela artista. Para se habilitar a ganhar este valioso prémio, basta deslocar-se à receção da Casa das Histórias, comprar um bilhete-concurso por €3 e… fazer figas!


Para além da litografia, serão ainda sorteadas duas serigrafias do edifício da autoria de Eduardo Souto de Moura e uma colecção de catálogos do museu. Ao comprar, estará também a apoiar as atividades do museu, cuja entrada é gratuita desde a sua abertura, em 2009, por vontade da pintora. Claro, que quantos mais bilhetes comprar, mais hipóteses tem de ganhar!


O sorteio terá lugar na Casa das Histórias no dia 19 de dezembro.

Informações: 214826970 (das 10h00 às 18h00).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Houtman, o primeiro holandês do futebol nacional ( anos 80), também adorou morar em Cascais


Houtman. “Vivia em Cascais e o meu Ford enganou-me várias vezes no caminho”

Por Rui Miguel Tovar, publicado em 20 Out 2011 - 02:00 | Actualizado há 12 horas 41 minutos
O primeiro holandês do Sporting marcou oito golos, marca “nacional” já igualada por Van Wolfswinkel, que hoje tem a oportunidade de quebrar o recorde, com o Vaslui, na Liga Europa

(...)
E como era a sua vida em Lisboa?
Em Lisboa não, em Cascais. Vivia em Cascais. Que vila magnífica, adorável. Uma vida pacífica, tranquila. O pior era o trânsito.
(...)
http://www.ionline.pt/desporto/houtman-vivia-cascais-meu-ford-enganou-me-varias-vezes-no-caminho

After all the political promisses of cancelling the TGV, the new Government will build the new line Lisbon - Madrid


Executivo tem de entregar novo projecto a Bruxelas até Novembro.
O Governo português vai apresentar em Bruxelas nas próximas duas ou três semanas uma revisão do projecto do TGV Lisboa-Madrid, de forma a não perder os mais de 1.300 milhões de fundos comunitários previstos para esta linha.
Segundo apurou o Diário Económico, de acordo com os contactos em curso entre a Comissão Europeia e o Executivo, o novo projecto deverá ser enviado no final deste mês ou princípio de Novembro. A linha será de alta prestação, de 250 kms/hora, menos que a alta velocidade, e integra duas linhas, uma de passageiros e outra de mercadorias. De acordo com uma fonte comunitária, "a inclusão de uma linha de passageiros é indiscutível, pois a travessia não seria rentável só para o transporte de mercadorias". O objectivo é fazer a travessia numa duração indicativa de duas horas e meia, ou seguramente menos das três horas que, segundo estudos invocados em Bruxelas, é o limite temporal em que as linhas férreas são competitivas face ao transporte aéreo.
Em Portugal, o projecto de alta velocidade, principalmente com a designação de TGV, foi muito criticado pelo actual Executivo durante a campanha eleitoral e continuou a ser atacado já com o actual Governo em funções. Mas o projecto parece agora voltar a mexer. Haverá uma ligação do Poceirão ao porto de Sines, elimina-se a duplicação de linha entre o Poceirão e a fronteira espanhola, poupa-se nas estações e nas expropriações e garante-se a construção de raiz em bitola europeia.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Vou vender um produto muito especial que é Cascais" - Economia - DN

"Vou vender um produto muito especial que é Cascais" - Economia - DN


Os argumentos são de força: "Temos um céu azul como não há em mais nenhum lugar do mundo. Temos um povo que é de uma simpatia, de uma humildade que não há ninguém que chegue e não fique encantado. Temos um mar estupendo, lindo, com peixe óptimo, com o melhor linguado e se quiserem ir à lota vão à nossa lota, temos o melhor peixe do mundo". O facto de vários reis e políticos terem vivido nesta vila durante os seus períodos de exílio é a prova do valor de Cascais enquanto produto turístico, afirma Lili Caneças.



Para seleccionar um produto português merecedor de destaque Lili Caneças não precisou de procurar muito: encontrou-o à porta de casa. "Vou vender um produto muito especial que é Cascais. Vivo em Cascais há 57 anos e se estivesse no poder acho que vender Cascais era tão fácil. Porque Cascais podia ser feito das pessoas mais interessantes do mundo", salienta.

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2066800
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2066800

After all, we might have a true commander, like the 16th century Navigators. President Cavaco Silva is against the budget cuts

O Presidente da República defende que o Governo deve evitar que se instale a ideia de que não foram tomadas todas as medidas para combater a crise. Na abertura do IV Congresso Nacional dos Economistas, em Lisboa, Cavaco Silva pediu também que se evite a distribuição desigual dos sacrifícios.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Portuguese Budget for 2012 - We are aware of the problems but where is the Commander, like Vasco da Gama, to show us which way to take?

The Portugueses owned, in the 15th - 16th Century, half the world ( as it is written in the Tordesillas treaty). We had Commanders likeVasco da Gama, and many others that, instead of sitting down with tears because of  the problems of portuguese home land, showed the way to prosperity, finding new lands and new continents.
In 21th Century, Portugal has financial problems but I believe that the Prime Minister Passos Coelho is just looking at national budget on the taxes side and is forgetting to show the portugueses the way to economic growth. I'm disapointed with this leader. He must motivate all of us to overcome the difficulties and not just "kill the economy" with taxes.

sábado, 15 de outubro de 2011

Ranking nacional de escolas secundárias. Salesianos do Estoril em 15ª a nível global e 6º a Matemática. Em primeiro lugar no Concelho de Cascais

Ranking nacinal das escolas secundárias 2011
A Escola Técnica e Liceal  Salesiana do Estoril ocupa o 1º lugar nas escolas do concelho de Cascais, sendo a 15ª a nível nacional e a 6ª na disciplina de Matemática.

( fonte, http://www.dn.pt/)
15º Salesianos do Estoril
55º Colégio Marista de Carcavelos
60º Escola Salesiana de Manique
78º Colégio Amor de Deus
80º Escola Secundária de S. João do Estoril
(...)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Attention all Harley Davidson motorcycle fans. Next year we all meet in Cascais

Check the program at http://www.hogeuropegallery.com/portugal-2012/

Eventos previstos para Cascais em 2012


Cascais: Eventos internacionais são aposta para promoção do concelho

Os números não enganam. Apesar da crise e do ligeiro crescimento nos principais indicadores turísticos a nível nacional, o concelho de Cascais registou no último semestre o melhor desempenho turístico do país, com um crescimento de 21% e 36%, nas dormidas e em número de turistas, respectivamente.
Cascais-marginalRecorde-se que a nível nacional, o crescimento foi de 9 e 6%. Eventos de cariz internacional foram o principal responsável para esse crescimento, mantendo-se como pedra basilar para o futuro.
Na apresentação à comunicação social dos resultados do Verão – Julho e Agosto – no concelho, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, revelou que as dormidas aumentaram 4% (298.730) e o número de hóspedes subiu 3.4%.
Ultrapassada a margem da estada mínima de 2,5 para a actual 3,05, o que representa um aumento de 7,3%, Carlos Carreiras revelou ao Opção Turismo que o objectivo é chegar até ao final do mandato com uma estada média de 3,5 dias.
A tendência crescente do aumento da estada média leva a um aumento da atractividade e das receitas”, revela o edil de Cascais salientando o American’s Cup como um dos responsável pelo crescimento em análise.
Estoril fotoO evento que se realizou em Agosto, representou um retorno financeiro de 7 milhões de euros, na receita directa nos principais equipamentos e hotelaria, após um investimento de 500 mil euros. No acumulado com o mês de Julho, as unidades de três e quatro estrelas aumentaram em 6%. Apenas as unidades de cinco estrelas registaram um decréscimo representando uma variação de 3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No RevPar as unidades de cinco estrelas não registaram qualquer variação. Inversamente, as de quatro estrelas aumentaram em 3% para os 57.3 euros e as de três estrelas situaram-se nos 82.8 euros, +4%.
O turista estrangeiro leva a maior fasquia de dormidas na região com o mercado espanhol, o principal mercado, a registar um decréscimo. No entanto, o mercado holandês e o russo registaram um aumento da procura, assim como o do inglês, com o turismo de natureza a ser um dos segmentos mais procurados, valendo-se do Parque Natural Sintra Cascais, o único a ter um programa aprovado naquele segmento.
No âmbito da geminação com a cidade japonesa de Atami, aquele poderá vir a ser um mercado a explorar potenciando as relações e aproveitando a chegada de japoneses a Espanha, permitindo uma extensão ao concelho de Cascais.

CMCascaisCom o sucesso de eventos internacionais no concelho, considerados por Carlos Carreiras como grandes âncoras que permitem projectar uma boa imagem no exterior, permitindo a captação de investimentos a autarquia vai continuar a apostar em eventos de dimensão internacional que permitirão reforçar os indicadores turísticos.
Brevemente serão lançados novos produtos, estando em vista um acontecimento gastronómico, ainda a ser anunciado. Confirmado está a realização do European Hog Rally de 2012encontro internacional da Harley Davidson, onde são esperados de 14 a 21 de Junho dez mil pessoas.
A capacidade hoteleira para aquele período está praticamente esgotada, principalmente em unidades de cinco estrelas. Com inauguração para o início do ano, a Pousada Cidadela encontra-se igualmente esgotada para o período do evento. 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fantastic day and a wonderful lunch at S.João do Estoril beach

What a lovely day! I was working in Lisbon but I had one idea. Why not go to Estoril and enjoy this weather? I drove to a nice restaurant ( O Opíparo, at S. João do Estoril beach) and had a delicious grilled fish. This is why I love Cascais.

"Troika" rules to control public debt arrived to Cascais

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, disse hoje à Agência Lusa que vai propor a redução das juntas de freguesia do concelho de seis para quatro até 2013, assim como a fusão de empresas municipais.
A reforma administrativa local proposta por Carlos Carreiras insere-se num conjunto de intenções de racionalização autárquica que prevê, já em Janeiro de 2012, reduzir em 35 por cento o número de dirigentes da câmara.
«Cascais não quer ficar de fora do esforço nacional e por isso propõe também esta redução, uma intenção que já foi manifestada há muito mais tempo. Consideramos tratar-se de um projecto de organização de futuro», afirmou o autarca.
Assim, pretende-se que Carcavelos e Parede passem a ser geridas por uma só junta de freguesia, tal como Cascais e Estoril, mantendo-se as juntas de Alcabideche e São Domingos de Rana, sendo que, garantiu Carreiras, a entidade local será assegurada.
«Esta reorganização administrativa prevê que sejam delegadas mais competências às juntas de freguesia e, assim, uma maior aproximação dos munícipes», sustentou.
Esta intenção será proposta aos partidos políticos representados no executivo municipal e, havendo consenso, passará para discussão pública.
«Daí será apresentada à Assembleia da República que terá de aceitar ou não», disse Carreiras, manifestando o desejo de ver esta proposta a funcionar em 2013.
Quanto às empresas municipais, cuja reestruturação já fora anunciada no ano passado, prevê a fusão da Empresa Municipal de Ambiente (EMAC) com as agências municipais Cascais Natura e Cascais Atlântico.
Da mesma forma, a Empresa de Serviços Urbanos de Cascais (ESUC) vai unir-se à Cascais Energia. O mesmo irá acontecer com a Fortaleza de Cascais, ArCascais e Turismo do Estoril que passarão a uma só entidade.
Por fim, a ComCascais fundir-se-á com a DNA Cascais e a Empresa Municipal de Gestão do Parque Habitacional do Município de Cascais (EMGHA) irá tratar da habitação e da função social na habitação.
As medidas anunciadas por Carlos Carreiras coincidem com o Documento Verde da Administração Local, divulgado segunda-feira, que impõe a redução do número de freguesias e de empresas municipais, prevendo também a revisão do modelo de financiamento e incentivos à agregação de municípios.
A proposta do Governo pretende reduzir para menos de metade o número de freguesias nas sedes dos municípios com maior densidade populacional, avançando igualmente com a redução em 35 por cento dos vereadores eleitos das câmaras municipais e em 31 por cento dos que exercem o cargo a tempo inteiro

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Gonçalo M. Tavares vence o Prémio Literário Fernando Namora/Estoril Sol

 

Gonçalo M. Tavares é o vencedor, com o romance"Uma viagem à Índia", do Prémio Literário Fernando Namora/Estoril Sol 2011,no valor de 25.000 euros, informou hoje à Lusa o júri.

Ao galardão candidataram-se 50 obras e a "short list", pela primeiravez divulgada em 14 anos de existência do galardão, integrava, além de GonçaloM. Tavares, Hélia Correia, João Tordo, Pedro Rosa Mendes e Valter Hugo Mãe,respetivamente com os romances "Adoecer", "O bom Inverno", "Peregrinaçãode Enmanuel Jhesus" e "A Máquina de Fazer Espanhóis".
Relativamente à obra "Uma viagem à Índia" o júri considerou "a maneirainovadora como o autor explora as relações entre a forma romance e a matrizépica, bem como a hábil trama narrativa e a estruturação da ação", lê-sena ata a que a Lusa teve acesso.
Na ata o júri refere ainda "outros elementos de relevo quer no planode elaboração de um registo tendencialmente poético, quer naquilo em quese exprime numa problemática que caracteriza o homem contemporâneo e umavisão melancólica da condição humana".
A obra de Gonçalo M. Tavares tinha já sido distinguida este ano como Grande Prémio de Romance e Novela.
O escritor Vasco Graça Moura presidiu ao júri do prémio instituído pelaEstoril Sol, que integrou também Guilherme d'Oliveira Martins, em representaçãodo Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesade Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos CríticosLiterários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direção-Geral do Livro e dasBibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual,e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
Gonçalo M. Tavares, 41 anos, natural de Luanda, começou a publicar em2001, totalizando já 29 livros de diversos géneros literários. O escritorfoi distinguido com vários prémios, entre eles o Portugal Telecom (2007),José Saramago (2005), Ler/Millennium BCP (2004) e o Grande Prémio de ContoCamilo Castelo Branco (2007).
O vencedor do Prémio Fernando Namora/Estoril Sol do ano passado foi"Ilusão (ou o que quiserem)", de Luísa Costa Gomes, que assinalou o regressoda escritora ao romance, dez anos depois de "Educação para a tristeza".O prémio relativo a 2010 será entregue à autora na segunda-feira às 18:00,pelo Presidente da República, Cavaco Silva, numa cerimónia no Casino Estoril. O prémio deste ano será entregue a Gonçalo M. Tavares em data "a anunciaroportunamente", disse à Lusa fonte da Estoril-Sol.
Lusa

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sandra Tavares da Silva - Entre o Douro, Lisboa, Cascais e a quinta dos avós no Ribatejo.

 

 

Bela colheita

por RICARDO J. RODRIGUES. FOTOGRAFIA ADELINO MEIRELES
Ir para os socalcos, colher os cachos, provar os bagos. Depois pisar as uvas, acertar a mistura das castas, sentir o perfume do lagar. Tudo isto fez Sandra Tavares da Silva mudar a agulha da bússola. Abandonou a selecção nacional de voleibol, largou a carreira de modelo internacional e fez-se ao Douro - para criar um vinho de qualidade excepcional. História para beber.
O Vale de Mendiz é metade paraíso, metade inferno. Por um lado, quem sobe a estrada do Pinhão para Alijó não consegue ficar indiferente ao esplendor do Douro Vinhateiro. São anfiteatros encaixados uns nos outros, construídos a suor e picareta, todos em precipício para o rio. A paisagem escadeada atinge a sua beleza maior em Setembro, com os cachos dourados e prontos a colher. Mas, por outro lado, o ar é tão quente que os corpos parecem ferver. «O Douro são oito meses de Inverno e quatro de Inferno», dizem os serranos. Deve ser assim o purgatório: belo e insuportável.
Três da tarde, sol de quarenta graus. Numa das encostas de Vale de Mendiz, a vindima avança. As mulheres - que são vinte - cortam os cachos à tesourada e atiram-nos para dentro de baldes de plástico. As mais velhas vão incentivando as gaiatas - «Ora corta lá o cacho / Ora anda para diante» - numa cantilena que deve ser tão antiga quanto aquelas vinhas. Usam lenços e chapéus na cabeça, camisas leves com decotes que sobem e descem consoante o calor. Depois de encherem o balde, gritam pela caixa, e logo corre um mancebo colina acima, para despejar as uvas num tabuleiro de plástico e correr com ele para a carrinha que os há-de levar à adega. O estranho é que, no meio da azáfama, está uma mulher de calças de ganga e pólo preto. É mais alta do que todos os jornaleiros da vindima, tem cabelos compridos, pose elegante. O seu único trabalho parece ser o de ir provando os bagos adocicados e cobertos de pó.
«Nada dá tanto gozo como a altura das vindimas», diz Sandra Tavares da Silva, enóloga, 39 anos. «Distinguir o sabor das uvas, analisar a qualidade das castas, saber misturá-las para criar um bom vinho. São os meses de trabalho mais árduos, mas também os mais apaixonantes.» Numa outra vida, esta mulher foi modelo, desfilou em Paris e Nova Iorque, destacou-se em concursos de beleza. Também foi atleta de alta competição, jogou na selecção nacional de voleibol. Agora tem a camisa suja de poeira, mãos manchadas de vinho, botas de montanha em vez de saltos altos. «Abandonei uma vida que gostei de experimentar, mas que sempre me pareceu efémera. Hoje estou a construir algo que sinto ser permanente e durável. O vinho, ao contrário do corpo humano, ganha valor com a idade.»
Sandra chegou ao Douro há 12 anos e tem conseguido produzir uma mão-cheia de vinhos notáveis. De todos, o destaque vai para o Pintas, considerado duas vezes pelo Financial Times o melhor vinho do Douro. Oitenta por cento do que é produzido vai para exportação. É um tinto com assinatura dela própria e do marido - Jorge Serôdio Borges - depois de comprarem um pequeno armazém de vinho do Porto em Vale de Mendiz e 2,5 hectares de vinha. Assim nasceu a Wine & Soul, que produz também um porto com o mesmo nome e um branco, o Guru. «O verdadeiro segredo», confessa ela, «é que este vinho nasce de uma única vinha, com mais de oitenta anos. Concentra mais de trinta castas e isso é um tesouro que nos permite fazer este produto notável. Às vezes, os clientes estrangeiros - sobretudo os americanos - pedem-nos para identificarmos que percentagem existe de cada casta. É pura e simplesmente impossível de determinar. O Pintas é único.» Não exactamente: Pintas é também o nome do cão do casal.
Sandra cria outros vinhos. Como o Quinta de Chocapalha, na região de Lisboa, que é propriedade da sua família. Ou o belíssimo Quinta de Manoella, um duriense em vias de se tornar um caso sério de sucesso. Ou o Quinta do Vale Donna Maria, que torna Sandra em elemento feminino dos Douro Boys - nome porque são conhecidos os enólogos de cinco propriedades que têm marcado a modernidade dos tintos da região [ver caixa]. «Faço alguns vinhos, mas não demasiados. Nunca conseguiria ser uma daquelas consultoras que mal visitam as propriedades e produzem cinquenta vinhos por ano. Eu preciso de me sujar, de fazer a poda e provar a uva, de enfiar os braços no lagar. É isso que, na minha opinião, torna esta profissão mágica.»
A cidade e as serras
Cresceu entre Lisboa, Cascais e a quinta dos avós no Ribatejo. O Norte de Portugal era lugar estranho, acima do Mondego as pessoas falavam de outra maneira. Se calhar, diz agora, de uma forma mais genuína - com o coração na boca. «Lembro-me de ter uns 16 anos e ser convocada para um estágio da selecção de vólei. Eu ainda tinha idade de júnior, mas fui chamada à equipa sénior. Éramos apenas duas de Lisboa, tudo o resto era do Norte. Entrava no balneário e não sabia o que era uma cruzeta. O treinador gritava "pincha, Sandra, pincha" e eu não fazia ideia de que ele me estava a mandar saltar. As minhas colegas chamavam-me betinha. Mas não era isso. Eu simplesmente não percebia o que diziam.» O Norte era um país diferente.
Aos 18 anos entrou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Ao mesmo tempo, começou a desfilar em passerelles. Tinha figura e rosto, bastante naturalidade. «Sempre tentei conciliar os estudos com a profissão de modelo. Demorei alguns anos a formar-me em engenharia agrónoma, mas consegui.» Pelo meio, idas a Nova Iorque e Paris. Desfilou Paco Rabanne, partilhou a passadeira com Naomi Campbell, inaugurou a Moda Lisboa e o Portugal Fashion. Ficou nas cinco primeiras classificadas do Elite Model Look, um concurso internacional de descoberta de novos talentos. «Mas o vestido que mais tive prazer em desfilar foi um José António Tenente. Lembro-me perfeitamente: tinha um corte simples, alças, um tecido muito trabalhado. Era leve - e gosto disso.»
Não se arrepende dos anos de modelo. «Viajei, comprei um carro, tive oportunidade de pagar jantares aos amigos.» Mas também não esquece as agruras de um meio em sobe e desce. «No mundo da moda é muito difícil criar amizades francas. O teu prazo de validade é curto e, por isso, são sete cães a um osso. Roubavam-me sapatos mesmo antes de desfilar, partiam-me os saltos, ou simplesmente começavam a espalhar pelos costureiros a ideia de que eu estava gorda. Aprendi uma regra de ouro: é importante dares-te bem com a aderecista para essas coisas não acontecerem.» Hoje, no Douro, os seus melhores amigos são outros enólogos, produtores de vinhos concorrentes. «Agora faço algo por mim, algo durável, e aprecio ver os outros fazerem o mesmo. Deve ser uma reminiscência dos tempos em que era atleta e jogava em equipa.»
Foi o estágio na Quinta Vale Donna Maria que a trouxe ao Douro, em 1999. Um mestrado em enologia, feito em Itália, ajudou-a a decidir mudar de vida. «Estava cansada das passarelles e desde miúda, quando pisava uva na propriedade dos meus avós, que tinha um fascínio tremendo pelo universo do vinho.» Chegou sem planos para ficar, o objectivo era tornar a Lisboa. Mas então conheceu Jorge Serôdio Borges, um jovem enólogo que, apesar de pertencer a uma velha família vinhateira, tinha ideias frescas para o mercado. «Apaixonei-me, mas resisti, resisti, resisti. Sempre tive uma vivência urbana, não me passava pela cabeça viver aqui. Mas o Jorge foi insistindo e então já não resisti mais. Ainda bem, foi a melhor coisa que me podia ter acontecido.»
Sandra Tavares da Silva vive numa casa simpática do Pinhão, tão inclinada quanto as vinhas do Douro. Pintas, o pointer que deu o nome ao vinho, está velho e ganhou o hábito de passar os dias a atirar uma pedra pela arriba, correr a buscá-la, e atirá-la novamente. Nos primeiros anos iam ao Porto passar os fins-de-semana, sair à noite, dançar. Agora têm três filhos e qualquer noção de festa passa por um jantar com outros produtores, em casa de alguém, a fazer degustações de vinho. A tranquilidade do campo tornou-se benefício inesperado, pesem as desvantagens do isolamento. «Os miúdos têm rio e serra quanto baste para brincar. Preocupa-me apenas o mais velho, que vai este ano entrar para a escola.» Há-de ser ida e retorno diário a Vila Real, quase uma hora de caminho.
Douro, verdadeiramente excepcional
Quando a vindima terminar, quando o vinho tiver amadurecido nos tonéis e estiver pronto para sair para o mercado, há-de começar outra parte dura do trabalho de Sandra: a promoção. «Não basta saber fazer um bom vinho, é preciso escoá-lo, encontrar os nichos certos.» Por isso é que Inverno é sinónimo de correria. Feiras internacionais, contactos com clientes, voltas ao mundo inteirinhas. Entre ela e o marido, revezam-se para não descurar a casa e a vinha. O Douro é, afinal de contas, habitação, paixão e trabalho.
«Esta é uma região única, com um património genético inigualável no que toca a vinhos.» E agora Sandra está na adega, tem um braço enfiado até ao cotovelo dentro do lagar, agarra com a mão o mosto, delicia-se com o cheiro a amoras que o Pintas deste ano liberta. «O Douro é tão peculiar que não há outra região no país onde toda a gente viva do vinho. Socialmente, isso é um caso raro e deveria ser muito mais bem explorado a nível turístico. Há um potencial que não está a ser aproveitado.» Fala de restaurantes que não estão ao nível dos vinhos que a região dá a provar. Da oferta hoteleira fraca. Das enchentes que passam e não param.
Ainda assim, os vinhos do Douro - «quase sem promoção» - conseguem estar na berra. «Somos o novo país do velho mundo, estamos a sobressair e temos boa imprensa a nível internacional. Falta-nos, ainda assim, uma imagem sólida. Se alguém chega a uma garrafeira e encontra dois vinhos, um francês e um português, a vinte euros, escolhe o francês porque ele tem a tal imagem criada.» E a enóloga não encontra justificação para o Douro, que todos os anos produz milagres que se despejam nos copos, não ser mais bem comunicado.
Nos anos de 1990, a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro identificou as cinco castas que melhor se adaptam à região: Touriga nacional, Touriga franca, Tinta roriz, Tinta barroca e Tinto cão. «Mas a Touriga nacional, por exemplo, é uma vinha difícil, extremamente sensível na floração. Nem sempre vinga. Não é uma casta penteadinha, é rebelde. Por isso mesmo, há vários produtores que não querem apostar nela.» Muitas vezes, há até vinhas antigas que são arrancadas para dar lugar a castas internacionais, como o Cabernet ou o Syrah, para serem mais fáceis de colocar em mercados estrangeiros. «As castas portuguesas são muito específicas e pouco conhecidas fora do país. São mais difíceis de colocar, sobretudo se não houver uma promoção e educação forte dos públicos.»
Agora é hora de descanso e toda a vindima pára. Cada oliveira é uma bênção feita sombra. Há-de chegar o almoço, um bacalhau com natas feito para jornaleiros, enólogos e engenheiros. Há-de ser regado com Pintas. E, durante o repasto, há-de discutir-se a colheita do ano. Sandra há-de referir com um sorriso que o Verão foi frio, mas as duas semanas que antecederam a colheita fizeram jus ao inferno duriense, um calor que ferve. Melhor era impossível. Depois da sobremesa, Sandra há-de rir-se para Jorge e partir contente para junto das mulheres que andam na apanha, cantando para se animarem umas às outras. «A colheita deste ano vai ser uma das melhores de sempre.»
Vinho com assinatura
Ao longo dos anos não faltam vinhos no currículo de Sandra Tavares da Silva. O Pintas, trabalho conjunto da enóloga e do marido, Jorge Serôdio Borges, há-de sempre ser a estrela da companhia. Nas versões tinto e porto vintage, são um triunfo inventado pelo casal e merecedor do aplauso da crítica internacional. Nos portos, mais duas notas a assinalar: o Quinta Vale Donna Maria Vintage e o Wine and Soul Vintage 10 anos, ambos com excelentes referências. Nos tintos, ainda no Douro, Sandra andou de roda do Quinta de Manoella, do CV Douro e do Casa de Casal de Loivos. Nos brancos, a produção mais recente chama-se Guru, mas também há um VZ Douro que ajudou a cimentar a posição de qualidade da enóloga. Na antiga região da Estremadura, actual Lisboa, Sandra Tavares da Silva rubrica o Quinta de Chocapalha, branco, tinto e reservas, com boa aprovação no mercado nacional.
A girl dos Douro Boys
Quando cinco grandes propriedades decidiram juntar forças para promover os vinhos do Douro, falou-se em dois fenómenos: renovação geracional e revolução dos tintos. Os Douro Boys nasceram da união entre os jovens enólogos da Quinta do Vale Meão, Quinta do Crasto, Quinta Vale Dona Maria, Quinta do Vallado e Niepoort Vinhos. Apostaram nas vinhas antigas para criar alguns dos vinhos tintos mais recentes e mais conceituados do país. Sandra Tavares da Silva, que ainda trabalha na Quinta Vale Dona Maria, é o rosto feminino do grupo. Os Boys - e a girl - perceberam que o arrojo de vender ao mundo não apenas o vinho como toda a aura do Douro seria um bom negócio. Os cabeçalhos nas revistas internacionais da especialidade e o aumento sustentado de exportações parecem dar-lhes razão.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

What a nice weekend! Horse back riding at Quinta da Marinha ( Cascais).

One of the best things to do in these wonderful Autumn weekends is to go horse back riding. Quinta da Marinha has a fantastic complex of schools and equipments for the fans of horses. You have first class schools ( I recommend Rui Barroso school. They are fantastic with the kids and the kids love to be there), and you may go on a tour to Guincho beach. Just lovely.