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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Piloto de Cascais: «Quero um dia lutar pelo título de campeão do mundo de fórmula 1»


«Quero um dia lutar pelo título de campeão do mundo de fórmula 1»

«Quero um dia lutar pelo título de campeão do mundo de fórmula 1»

por Vítor Brett
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Tinha 9 anos quando se iniciou no karting, o berço dos que sonham, um dia, chegar à Fórmula 1. Hoje com 21, António Félix da Costa já pilotou vários modelos dessa Fórmula mágica e tem vindo a provar, pelos resultados alcançados, que já pertence à elite dos melhores do mundo. O caminho para tornar o sonho realidade são as vitórias e o piloto já leva oito consecutivas, apenas intercaladas por um segundo lugar. A última teve um sabor especial. Foi conseguida em Macau, com a bandeira portuguesa a subir mais alto ao som do hino sueco. Um lapso que não deixou António menos feliz, pois estava rodeado de portugueses e macaenses que ainda não esqueceram APortuguesa e a cantaram a plenos pulmões. O futuro sorri a este português de Cascais, e Portugal, que precisa de refundar os sorrisos, está a precisar de heróis como António Félix da Costa.
Qual foi a sensação de ter ouvido o nosso hino a ser cantado em Macau, só para si?
_Indescritível, sem palavras, o momento mais alto da minha carreira. Foi emocionante, apesar de na altura um pouco triste por o terem trocado pelo sueco, mas toda a emoção de ver tanta gente entoar bem alto o hino ultrapassou essa situação e foi muito forte, muito emocionante.
Macau ainda representa muito em termos desportivos?
_Sem dúvida. Macau é a prova que mostra que quem ali vence entra num patamar acima e ganha muitos pontos ao olhar das equipas de F1. É um circuito muito desafiante, em que apenas os melhores conseguiram vencer, no passado, como Ayrton Senna ou Michael Schumacher.
Para além do prestígio mundial associado à prova, o facto de a vitória ter sido conseguida num território de antigo domínio português teve para si algum significado especial?
_Sim, teve. É incrível a quantidade de apoio que recebi ao longo do fim de semana, muito carinho de muitos portugueses e até mesmo imprensa portuguesa local. Esta vitória é também deles, pois o apoio foi mesmo inesquecível.
Concorda que a gaffe do hino acabou por dar destaque mediático à sua vitória?
_Não penso muito nisso, o mais importante mesmo é ter havido destaque. Se a razão foi a gaffe é pena, pois esta vitória é muito importante.
Teve conhecimento de reações em Macau, relativas à troca do hino?
_Não, apenas recebi um pedido de desculpas por parte da comissão organizadora do Grande Prémio.
Nas últimas oito corridas o resultado menos positivo foi um segundo lugar e, ainda assim, motivado por uma paragem nas boxes menos conseguida. Até que ponto esse facto pode influenciar positivamente uma possível entrada na Fórmula 1?
_Sim, acredito numa influência positiva. Os resultados nesta fase são muito importantes e tudo isto irá fazer que a Red Bull se sinta satisfeita com as minhas prestações. Ao fim ao cabo eles são os decisores da minha carreira, a mim cabe-me mostrar que sou uma opção válida para os representar ao mais alto nível na Fórmula 1.
É percetível alguma mudança de atitude nas pessoas que frequentam os paddocks quando se cruzam consigo?
_
Não teme que a repetição de mais uma época na World Series by Renault 3.5 venha diluir alguma da dinâmica conseguida por esta recente série de vitórias?
_
A sua ligação à Red Bull Júnior Team pode impedir de alguma forma a aproximação de outras equipas de F1, com vista a uma possível contratação?
_
É grande a diferença entre um F1 e um monolugar da WSR?
_
Para pilotar um F1 basta uma técnica extremamente evoluída, ou exige também alguma coragem?
_
Estar numa grelha de partida a bordo de um Fórmula 1 representa estar rodeado pelos melhores pilotos do mundo. Isso pode ser intimidante?
_
Até que ponto o facto de o seu irmão Duarte ser piloto influenciou a sua vontade de correr?
_
Todos vimos pela televisão as lágrimas do Duarte enquanto o aplaudia pela sua vitória em Macau. A cumplicidade existente entre os dois tem sido importante na sua carreira?
_
Depois existe o Duarte como responsável pela gestão da minha imagem em Portugal. Aqui temos uma relação mais profissional, em que sabemos bem separar as águas e ele tem feito um trabalho muito bom nesta área.
Como surgiu a alcunha de Formiga?
_
-me de Formiga. Hoje em dia, todos no meio me chamam assim...
Sente-se preparado para entrar de imediato na F1?
_
Se entrar para uma das equipas de ponta da F1, sente-se com força para legitimar os anseios dos portugueses à conquista de um primeiro título na disciplina máxima do automobilismo?
_
Lembra-se da primeira vez que esteve ao volante de um carro?
Sim, devia ter uns 5 anos. Ao colo do meu pai mas com o volante nas minhas mãos.
O que é que queria ser quando era menino?
Sempre preferi triciclos a bolas de futebol. Portanto, a vontade de ser piloto nasceu comigo.
De que forma é que a entrada precoce nas corridas determinou o seu percurso escolar?
Tive de optar, a certa altura. Mal terminei o ensino secundário optei por me dedicar a 100% à minha profissão. Aos carros.
O que mais o irrita que lhe digam quando está ao volante?
Nada irrita, pois os conselhos são bem-vindos, mas até certo ponto...
O que é que gostaria de ter feito se não fosse piloto de automóveis?
Não me vejo a fazer outra coisa.
Qual considera o melhor piloto de sempre?
É difícil de diferenciar, mas pelo número de títulos, talvez o Schumacher.
Quando anda na estrada, como é o seu estilo de condução?
Hoje em dia bastante moderado, não só pelo perigo e pelos outros, mas também porque sou um exemplo, de certa forma.
Tem medo das estradas portuguesas?
Algum. Mas acima de tudo de alguns condutores que usam a estrada para fazer corridas.
O que leva na mala quando viaja? O que é que o lembra de casa - leva amuletos, fotografias?
Não, apenas o essencial. O meu computador com filmes e música, isso sim, é obrigatório.
Às vezes irrita-o que em Portugal só se conheçam os futebolistas?
Confesso que sim, mas acredito que aos poucos se vá alterando isso com feitos de portugueses noutras áreas.
Tem um prato favorito?
Bife à portuguesa.
E a sua pista de eleição...
Macau.
Um carro de sonho.
O Infiniti.
Chuva ou seco?
Ambos, não sou esquisito.
Já houve um dia em que se sentisse imbatível? Onde?
Ninguém é imbatível, mas entro em pista a achar que sou o melhor piloto naquela corrida. Só assim se vence!
Entre o simulador e a pista há uma grande diferença?
Sim, apesar do aperfeiçoamento cada vez mais do simulador.
Descreva-se em poucas palavras.
Ambicioso e determinado.

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