Alsace et Bastille

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Em Cascais também se trabalha....

Durante a abertura do Conselho para a Globalização 2012, em Cascais, Pedro Passos Coelho defendeu que o objetivo de "controlar as contas públicas " implica "regressar a um patamar de despesa pública que seja compatível com as possibilidades tributárias dos portugueses e, portanto, a nível anterior ao da eclosão da crise"
Em seguida, o primeiro-ministro considerou que o Documento de Estratégia Orçamental aprovado pelo Governo na segunda-feira, "que projeta a evolução dessa despesa para os próximos anos, aponta claramente para esse objetivo", acrescentando. "Portugal manterá com total firmeza as condições para garantir que terá a sua conta pública controlada".
Por outro lado, na sua intervenção, Passos Coelho disse que o "modelo de crescimento" que pretende aplicar em Portugal corresponde ao que o presidente do Banco Central Europeu defendeu recentemente para o conjunto da Europa: "Reforma estrutural, assente, no essencial, no mercado do produto, reforma no mercado laboral e, evidentemente, aprofundamento do mercado interno".
"O verdadeiro impacto forte sobre a nossa capacidade para crescer no futuro depende de essas reformas se efetuarem. São essas reformas que estamos a executar", acrescentou.
O primeiro-ministro apontou o objetivo de "transformar estruturalmente a sociedade e a economia portuguesa" para que Portugal consiga "competir no mercado global e crescer" como um "desafio ainda mais importante" do que o controlo das contas públicas.
"Do ponto de vista daquilo a que se chama a soberania, os nossos ativos mais soberanos, eu creio que os indicadores de confiança finalmente começam a apresentar uma melhoria consistente, mas essa melhoria só será duradoura se esta transformação que estamos a fazer for efetiva", reforçou.
A propósito de "modelos de crescimento", Passos Coelho deixou críticas aos seus antecessores: "Os modelos de crescimento não valem todos a mesma coisa e não têm todos o mesmo significado. Por exemplo, em Portugal, durante muitos anos falou-se de um modelo de crescimento que se verificou que foi demasiado caro para o país e conduziu o país a uma pobreza que nós agora estamos a tentar inverter".
O primeiro-ministro concluiu que "um modelo de crescimento assente em baixos salários e em dívida insustentável não é um modelo de crescimento, é um modelo de empobrecimento".
Antes, no início do seu discurso, Passos Coelho tinha falado da forma como o pedido de ajuda financeira externa "abalou" a imagem de Portugal, mas considerou que "não há nenhum mal em pedir ajuda externa, o mal é em não corrigir o que nos conduziu a um pedido de ajuda externa".
O Conselho para a Globalização é um fórum organizado pela COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação e pela Presidência da República. Segundo a organização, a edição deste ano conta com a participação de "portugueses da diáspora que ocupam lugares de destaque nas empresas onde colaboram".

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