Alsace et Bastille

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Portugal é um local atractivo para o turismo imobiliário


Portugal continua a ser considerado um local atractivo para o turismo imobiliário. A localização privilegiada do nosso país – com mais de dois mil quilómetros de costa, incluindo Açores e Madeira – a natureza, o património cultural, a segurança e a simpatia da população tornam o mercado imobiliário atractivo, quer seja para investir quer para arrendamento.
Para o administrador da Century 21 Portugal, Ricardo Sousa, o mercado de turismo residencial tem um grande potencial e “esta é sem dúvida a melhor altura para se investir”. “Com o aumento da fiscalização e a legislação introduzida recentemente é normal e expectável que o sector se torne mais interessante para investidores e grupos económicos”. O responsável, no entanto, fez uma ressalva: “ é necessário uma maior simplificação dos processos de licenciamentos e um plano de incentivos mais agressivos para atrair investidores nacionais e internacionais”.
Ricardo Sousa admite que temos ainda um importante caminho a percorrer, quer ao nível da oferta quer do seu posicionamento internacional para impulsionar a marca “Portugal”, como uma das principais opções para investidores e visitantes.
O mercado está a começar a oferecer cada vez mais alternativas, seja ao nível da costa, com novos projectos a surgirem em novas áreas do Algarve, Tróia e Silver Coast, mas também na zona do Douro, Alentejo e no eixo de Lisboa (Óbidos /Sines). Contudo, o accionista da Garvetur (agência imobiliária, especializada em turismo residencial), Reinaldo Teixeira, afirmou que a oferta decresceu porque a construção parou. Por outro lado, isso levou a que esta seja a melhor altura para comprar, já que os preços se tornaram mais apelativos. O empresário diz ainda que, Portugal não é tão conhecido como pensa. “Temos um longo caminho a percorrer. Por exemplo, a quota de mercado britânica no Algarve é apenas de 1,84% e a alemã 0,4%. Não esquecer que estamos a falar do primeiro e segundo mercado estrangeiro a operar em Portugal”, diz ao i.
Reinaldo Teixeira esclareceu que, para contornar os efeito da realidade do mercado, as empresas têm recorrido a uma maior criatividade, maior divulgação, mais campanhas e mais agressividade.
O partner da Neoturis, Eduardo Abreu, tem um discurso mais pessimista. É de opinião que corremos o risco de ter projectos que, não tendo condições de financiamento para evoluírem, não vão estar no mercado quando este começar a reagir em 2013 ou 2014. “Diria que o mercado está estagnado, em baixa, com sinais ainda pouco conclusivos sobre o ligeiro aumento da procura (pelo menos visitas e pedidos de informação). Não será expectável que exista uma diferença acentuada em relação ao que tem sido os últimos dois anos. A contrapor esta opinião estão os resultados da Confidencial Imobiliária que nos dão conta que, só no Algarve, o número de casas para arrendar cresceu 39%, no final de 2011. Reinaldo Teixeira, no que diz respeito ao arrendamento turístico, também é mais optimista. “Este ano, já temos mais reservas do que tínhamos o ano passado, na mesma altura”. Segundo o empresário, as pessoas estão a reservar com mais antecedência para beneficiarem dos descontos e “isso é uma realidade que tem vindo a crescer ano após ano”.
http://www.ionline.pt/dinheiro/imobiliario-turistico-investir-oportunidade-uns-arrendar-solucao-outros

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