Às vezes distraio-me. E não dedico o merecido apreço a uma rotina boa como a de acordar e encher a sala com o aroma inconfundível dos nossos cafés e depois degustar umas fatias fininhas de queijo de Nisa, hoje por hoje um dos melhores queijos do mundo a um preço honesto, com pão estaladiço, sentar-me ao PC e, com um simples movimento, afastar um pouco a cortina e contemplar o Atlântico, azul, magnífico e oceano de tantas proximidades para mim. E pensar que daqui a poucas horas ele será banhado também pela incomparável luminosidade de Lisboa.
Se me lembrar que depois do duche me meto no carro, cumpro uma rotina já longa, a de percorrer a marginal, cheia de luz, cheia de mar, cheia de maresia até desaguar no magnífico cenário de Belém e me embrenhar na cidade para ir trabalhar, concluo que realmente vivo num país de eleição. Com um dos melhores climas do mundo, excelente gastronomia, cenários magníficos, segurança relativamente aceitável e gente bonita. Resumindo, o país é óptimo. Eu sei que nós, os portugueses, nos esforçamos imenso para o estragar e, justiça seja feita, o conseguimos fazer com frequência, mas ele vai resistindo estoicamente e, aqui e ali, encarrega-se de nos recordar que é um país de excelência.
Como hoje, quando uma qualquer «energia» me fez afastar a cortina da vidraça e reparar no mar que me mima, aqui a poucas dezenas de metros.
vale a pena acompanhar e deliciar com estes textos em http://espumadamente.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário