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terça-feira, 31 de julho de 2012

Fitch espera queda de 15% nos preços das casas em Portugal



A agência de "rating" Fitch actualizou hoje as suas estimativas para o mercado imobiliário português, no âmbito da análise às obrigações hipotecárias, antecipando agora uma quebra mais pronunciada nos preços, devido à deterioração da economia.

A agência de notação financeira adianta que os preços das habitações em Portugal deverão cair mais 15%, o que tendo em conta as desvalorizações já ocorridas, eleva a queda estimada face ao máximo para 28%. O espaço temporal da estimativa não é referido, sendo que antes a Fitch antecipava uma queda adicional nos preços de 10%.

"A alteração na nossa expectativa de preços reflecte a deterioração das condições macroeconómicas. Esperamos agora que o PIB registe uma contracção de 3,7% este ano e que o desemprego atinja 14% em 2013", refere o relatório da Fitch, divulgado no mesmo dia em que o Eurostat anunciou que a taxa de desemprego em Portugal já está nos 15,4%.

Segundo a Fitch, esta estimativa de queda mais forte nos preços será compensada pela previsão de que os descontos aplicados na venda das casas desça de 39% para 30%, para os casos em que se pretende uma venda rápida dos imóveis.

No relatório a Fitch adianta que a queda nos preços está a ser conduzida mais pela redução da procura do que pelo aumento da oferta, dado que a acessibilidade dos portugueses à compra de habitações está agora mais difícil.

Segundo a Fitch, os salários em Portugal têm subido a uma taxa inferior à dos preços das casas. Em 2006, segundo as contas da agência, o preço médio das casas equivalia a sete vezes o PIB per capita português. Agora este rácio caiu para 5,4 e a Fitch espera que novas descidas, ficando ainda acima das 3,7 vezes de 1995.

Também a penalizar os preços das casas está o acesso mais difícil dos portugueses à compra de casa, devido às condições de crédito mais apertadas.

A Fitch nota que o número de habitações em Portugal aumentou em um milhão desde 1998, o que representa um aumento de 21%, sendo que no mesmo período a população não cresceu. A agência diz que actualmente cerca de 13% das habitações em Portugal estão vazias, mas descarta uma forte pressão vendedora, já que a construção de novas habitações está em mínimos de 20 anos.
A Fitch acompanha o mercado imobiliário português uma vez que atribui "ratings" às obrigações sobre crédito hipotecário que são emitidas pelos bancos.

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